Eleições estaduais no Rio Grande do Sul em 1947
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Eleições estaduais no  Rio Grande do Sul em 1947
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| 19 de janeiro de 1947 (Turno único) | ||||
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| Candidato | Walter Jobim | Alberto Pasqualini | ||
| Partido | PSD | PTB | ||
| Natural de | Porto Alegre, RS | Ivorá, RS | ||
| Vice | Não havia | Não havia | ||
| Votos | 229.129 | 209.164 | ||
| Porcentagem | 42,17% | 38,49% | ||
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| Candidato mais votado por município (92):
Walter Jobim (44)
Alberto Pasqualini (34)
Décio Martins (10)
Sem Informações (4)
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Titular Eleito | ||||
As eleições estaduais em Rio Grande do Sul em 1947 ocorreram em 19 de janeiro como parte das eleições gerais no Distrito Federal, em 20 estados e nos territórios federais do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima.[1][nota 1] No Rio Grande do Sul o PSD elegeu o governador Walter Jobim[nota 2] enquanto o PTB fez o senador Salgado Filho e elegeu vinte e três dos cinquenta e cinco deputados estaduais.[2]
Professor de Geografia e Português antes de formado em Direito na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1913, Walter Jobim foi promotor de justiça em Passo Fundo e São Borja, juiz de direito em São Borja e Santa Maria antes de trabalhar como advogado. Em decorrência de sua oposição a Borges de Medeiros, participou da Revolução Gaúcha de 1923 e depois atuou na Revolução de 1930 e na Revolução Constitucionalista de 1932. Eleito deputado federal em outubro de 1934, renunciaria pouco depois e durante o Estado Novo foi secretário estadual de Obras Públicas e depois secretário de Interior no governo de Pompílio Cylon Rosa, de quem Walter Jobim recebeu apoio para chegar ao Palácio Piratini via PSD rompendo, em âmbito estadual, a coligação com o PTB que fora o polo oposto da disputa, não obstante a boa votação de Décio Costa que concorreu pelo Partido Libertador.
Mesmo tendo em comum com Walter Jobim o fato de ter nascido em Porto Alegre, o senador Salgado Filho foi eleito pela chapa oposicionista do PTB. Advogado formado em 1908 na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ingressou na Justiça Militar por concurso[3] e com a vitória da Revolução de 1930 aproximou-se de Getúlio Vargas. Nomeado chefe de polícia do Distrito Federal e depois Ministro do Trabalho, foi eleito deputado federal em 1934. Após o golpe do Estado Novo foi ministro do Superior Tribunal Militar e assumiu o recém-criado Ministério da Aeronáutica em 1941, nele permanecendo até a queda de Getúlio Vargas.[4]
Resultado da eleição para governador[editar | editar código-fonte]
Conforme o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul houve 543.355 votos nominais (97,51%), 12.144 votos em branco (2,18%) e 1.735 votos nulos (0,31%) resultando no comparecimento de 557.234 eleitores.[2]
| Resultado da Eleição Para Senador | ||||
|---|---|---|---|---|
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| Líder | Salgado Filho | Oswaldo Vergara | ||
| Partido | PTB | PSD | ||
| Natural de | Porto Alegre, RS | Jaguarão, RS | ||
| Votos | 195.658 | 155.329 | ||
| Porcentagem | 38,35% | 30,45% | ||
Titular(es) Eleito(s) | ||||
| Candidatos a governador do estado |
Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
|---|---|---|---|---|---|
| Walter Jobim PSD |
Não havia - |
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| Alberto Pasqualini PTB |
Não havia - |
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| Décio Costa PL |
Não havia - |
Resultado da eleição para senador[editar | editar código-fonte]
Conforme o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul houve 510.126 votos nominais (91,55%), 45.236 votos em branco (8,12%) e 1.872 votos nulos (0,33%) resultando no comparecimento de 557.234 eleitores.[2]
| Candidatos a senador da República |
Candidatos a suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
|---|---|---|---|---|---|
| Salgado Filho PTB |
Ver abaixo - |
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| Osvaldo Vergara PSD |
Ver abaixo - |
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| João Carlos Machado UDN |
Ver abaixo - |
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| Félix Rodrigues PRP |
Ver abaixo - |
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| André Correia PCB |
Não havia - |
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| Bruno de Mendonça Lima PSB[nota 3] |
Ver abaixo - |
Resultado da eleição para suplente de senador[editar | editar código-fonte]
Conforme o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul houve 432.575 votos nominais (77,63%), 123.107 votos em branco (22,09%) e 1.552 votos nulos (0,28%) somando um comparecimento de 557.234 eleitores.[2]
| Candidatos a suplente de senador |
Candidatos a senador da República | Número | Coligação | Votação | Percentual |
|---|---|---|---|---|---|
| Jorge Braga Pinheiro[nota 4] PTB |
Salgado Filho PTB |
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| Hélio Franco Fernandes PSD |
Osvaldo Vergara PSD |
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| Carlos Mangabeira UDN |
João Carlos Machado UDN |
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| Mansueto Bernardi PRP |
Félix Rodrigues PRP |
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| Afonso Pereira da Silva PSB[nota 3] |
Bruno de Mendonça Lima PSB[nota 3] |
Deputados estaduais eleitos[editar | editar código-fonte]
As 55 cadeiras da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul foram assim distribuídas: vinte e três para o PTB, dezesseis para o PSD, cinco para o PL, quatro para a UDN, quatro para o PRP, três para o PCB.[2]
Eleições municipais[editar | editar código-fonte]
A última etapa do processo político aconteceu em 15 de novembro de 1947 quando o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul realizou eleições municipais.[2]
Notas
- ↑ No Distrito Federal não houve eleição para governador, apenas para o Senado Federal, sendo que a Constituição de 1946 determinou a eleição de um terço dos senadores e de mais um no caso de existirem vagas em aberto além de suplentes de todos os senadores eleitos a partir de 1945, bem como a escolha dezenove deputados em sete estados e três territórios federais para completar as bancadas na Câmara dos Deputados.
- ↑ Como inexistia a figura do vice-governador, o presidente da Assembleia Legislativa assumiria quando preciso e durante o mandato do governador Walter Jobim, o Poder Legislativo esteve sob o comando de Edgar Schneider, Brochado da Rocha e Ataliba Figueiredo da Paz.
- ↑ a b c A rigor o PSB foi criado em 6 de agosto de 1947, portanto depois das eleições. Antes disso os candidatos do partido concorreram sob o abrigo da Esquerda Democrática.
- ↑ Efetivado após o falecimento do titular em 30 de julho de 1950 em São Francisco de Assis em razão de um acidente aéreo.
Referências
- ↑ BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Repositório de Dados Eleitorais». Consultado em 5 de maio de 2018
- ↑ a b c d e f BRASIL. Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul. «Resultado das eleições». Consultado em 11 de junho de 2014
- ↑ BRASIL. Fundação Getúlio Vargas. «Biografia de Salgado Filho no CPDOC». Consultado em 11 de junho de 2014
- ↑ BRASIL. Senado Federal. «Biografia do senador Salgado Filho». Consultado em 5 de maio de 2018
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Estão em itálico as ocasiões em que não houve eleição direta para governador. | ||
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