24E CCFL
Camões ⇌ Campolide | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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A 24E é uma das seis carreiras eletroviárias da Carris, transportadora coletiva urbana da cidade de Lisboa, Portugal. Enquanto carreira que serve a zona central da cidade, é simbolizada com a cor laranja. Finalmente reaberta em 2018, a atual carreira 24E (Camões-Campolide) foi um caso único entre as linhas abandonadas da rede de elétricos de Lisboa: Apesar de encerrada em 1995,[1] na última grande retração da rede, parte do percurso foi mantido funcional, sendo a reabertura repetidamente ventilada mas sempre adiada durante mais de duas décadas.[2]
Características
[editar | editar código-fonte]No seu traçado atual (pós-2018), a 24E é caso único entre as carreiras de elétrico da Carris ao não conter qualquer segmento (i.e., entrenó entre duas paragens) em comum com qualquer outra carreira, apenas pontualmente partilhando o término do Camões com a 28E.[carece de fontes]
História
[editar | editar código-fonte]Quando acabem os eléctricos
da Rua de Misericórdia
tão amarelos por fora
tão britânicos por dentro
não gostarei de Lisboa
Quando os carris e os troles
inúteis e desalmados
pela Calçada do Combro
deixarem de faiscar
não gostarei de Lisboa
Quando no Largo do Carmo
à sobra dumas ruínas
não me esperar indolente
o último para o Chile
não gostarei de Lisboa
Quando da estreita travessa
da cara de cada dia
não surgir um velho arfante
para apanhar o das oito
não gostarei de Lisboa
E quando ao atardecer
prostradas pombas e luzes
não saltar do vinte e quatro
o sempre lépido ardina
não gostarei de Lisboa.
A origem do 24E pode ser traçada à carreira Rossio-Campolide,[3] criada em Julho de 1905[1] e que incluía o Elevador de Santa Justa no seu trajeto.[4]
Por volta de 1994, na configuração Cais Sodré - Alto de São João, era identificada com a cor verde em folhetos informativos da Carris.[5]
Reabertura suspensa (1995-2018)
[editar | editar código-fonte]Desde o seu encerramento em 1995, a reintrodução deste percurso foi repetidamente ventilada. Para esse efeito, a infraestrutura (de Campolide ao Carmo, via Rato e Amoreiras), tanto a via como a rede aérea, foi mantida mais ou menos viável, com repetidas interrupções e recuperações — caso único entre as linhas abandonadas de Lisboa.[carece de fontes]
Em 1997, previa-se uma reabertura para breve, com a Câmara Municipal de Lisboa a anunciar um investimento de 200 milhões de escudos (aproximadamente um milhão de euros) em apoios à Carris e em obras de sua responsabilidade para recuperação da via, no âmbito de um protocolo assinado entre as duas entidades;[6] essa reabertura, tal como outras anunciadas posteriormente, não se viria a verificar.
Mais uma vez a reabertura do troço foi prometida em inícios de 2014: O vereador Manuel Salgado fez saber que estava «para breve» uma intervenção visando recuperar o Largo Rafael Bordalo Pinheiro, a qual inclui a reativação da «linha do eléctrico »(…)« para transporte de turistas e também da rede pública»; o financiamento proviria do PIPARU e o valor-base não excedia 265 mil euros.[7] Não é claro como se faria a articulação desta iniciativa com o resto da rede (limitada que estava a um curto segmento da “raquete” terminal da linha, ao Carmo), nomeadamente na ligação com a Estação de Santo Amaro, para recolha, nem como se teria financiado a recuperação do restante trajeto. (A reabertura da carreira 24E, que ocorreu quatro anos depois destas declarações, não usufruiu das melhorias anunciadas, já que passou a fazer terminal no Camões, não no Carmo.)
Reabertura (Abril de 2018)
[editar | editar código-fonte]Em Dezembro de 2016, o presidente da Câmara de Lisboa anunciou que a reabertura desta carreira estava para breve, entre o Cais do Sodré e Campolide. Não esteve prevista, porém, a reabertura do percurso integral, até ao Alto de São João via Arco Cego.[8]
No Cais do Sodré, foi remodelada a raquete para a carreira 18E e tendo em vista a futura reativação da carreira 24E no troço entre a Praça Luís de Camões e aquele local. Estas obras ficaram concluídas no início de 2017.[8]
No Largo de Campolide, foi remodelada a raquete tendo em vista a reativação desta carreira. A remodelação incidiu nomeadamente na criação de uma zona exclusiva ao elétrico para a instalação de uma futura paragem. Estas obras também ficaram concluídas no início de 2017.[8]
Em Dezembro de 2017, a Carris divulgou o seu Plano de Atividades e Orçamento relativo ao ano 2018[9], no qual ser incluía a reativação da carreira 24E entre o Cais do Sodré e Campolide.[2]
A 20 de Abril de 2018, a Carris anunciou que a carreira 24E iria ser reaberta a 24 de Abril de 2018, anúncio que se concretizou. Anunciou também a alteração de vias na zona da Praça Luís de Camões e a colocação de via aérea na Rua do Alecrim de forma a possibilitar o prometido prolongamento desta carreira ao Cais do Sodré.[10]
Percurso
[editar | editar código-fonte]Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b Romeira, Almerinda (29 de abril de 2018). «Histórico elétrico 24 voltou aos carris». O Jornal Económico. Consultado em 27 de fevereiro de 2019
- ↑ a b «Lisboa - Elétrico 24 vai ligar Cais do Sodré e Campolide». DN. 14 de dezembro de 2017
- ↑ Luís Cruz-Filipe (2016): Do Dafundo ao Poço do Bispo: Uma História Sobre Carris
- ↑ cf. e.g. bilhete misto emitido pelas duas empresas (CCFL e NCAML)
- ↑ De acordo com diagrama cartográfico em folheto informativo oficial Rede de Eléctricos CARRIS, ed. C.C.F.L. 1994:
- ↑ “Eléctrico volta ao Castelo” Correio da Manhã (1997.11.21): p.7
- ↑ Catarina GUERREIRO: “Largo Histórico com vida nova” Sol 390 (2014.02.21): p.22
- ↑ a b c Cardoso, Margarida David. «Lisboa. Eléctrico 24 vai estar de volta às ruas de Lisboa e as obras já começaram». PÚBLICO
- ↑ «Plano de Atividades e Orçamento Carris 2018» (PDF). Carris - Companhia Carris de Ferro de Lisboa. Dezembro de 2017. Consultado em 11 de Abril de 2018
- ↑ «A 24E está de volta à cidade!». www.carris.pt. Consultado em 23 de abril de 2018