Usuário:Arcstur/OBL/Língua yaminaua
Yaminauá Yaminawa | ||
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Falado(a) em: | Peru, Bolívia, Brasil (Acre) | |
Região: | América do Sul | |
Total de falantes: | Aprox. 2684 [1] | |
Família: | Panos Yaminauá | |
Escrita: | Alfabeto Latino | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | --
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ISO 639-2: | --- | |
ISO 639-3: | yaa — Yaminawa
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Yaminauá é uma língua em situação vulnerável [2] da família Panos falada pelos indígenas Yaminauás (também conhecidos como Yawanawás, Marinawás, Xixinawás e Jaminauás). Estes habitam a região da América do Sul, principalmente em áreas próximas as fronteiras entre a Bolívia, o Peru e o Brasil (AC) e compõem aproximadamente 2684 falantes.[3]
Etimologia
[editar | editar código-fonte]Yaminauá foi um nome dado por outros povos aos indígenas que utilizavam a língua chamada por essa mesma palavra. O termo, que significa "gente do machado", lhes foi atribuído por utilizarem machados de ferro e pedra. Ademais, são também chamados de Xixinawá ("povo do quati branco"), Yawanawá ("povo do queixada"), Bashonawá ("povo da mucura"), Marinawá ("povo da cutia"), entre outros. [4] Os próprios Yaminauás se identificam por esse termo dado por estrangeiros, tornando "Yaminauá" tanto o seu endônimo (nome nativo), quanto seu exônimo (nome estrangeiro). [5]
Distribuição
[editar | editar código-fonte]Possui aproximadamente 2684 falantes, sendo 600 deles do Peru, 630 da Bolívia e 1454 do Brasil (AC). [3] Residem comumente em regiões próximas a tríplice fronteira entre a Bolívia, Peru e o Brasil; em lugares como o departamento de Pando (na Bolívia), o departamento de Ucayali e a região de Loreto (ambos no Peru) e as Terras Indígenas do Alto Rio Purus, da Cabeceira do Rio Acre, Jaminawa do Igarapé Preto, Jaminawa Arara do Rio Bagé e Mamoadate (todos no estado brasileiro do Acre). [6]
É a língua da família Pano com o maior complexo dialético. Alguns exemplos citáveis destes dialetos são: Yaminauá brasileiro, Yaminauá peruano, Chitonawa, Matanawa, Parkenawa, Shanenawa, Sharawana, Marinawa, Shawanawa (Arara), Yawanawa, Yaminawa-arara e Nehanawa. [7]
Fonologia
[editar | editar código-fonte]Consoantes
A língua Saynawá (uma variedade linguítica do Yaminawa, falada pelos índios Saynáwa, que residem na T.I. Jamináwa do Igarapé Preto, no município de Rodrigues Alves-AC [8]) possui 17 fones consonantais. É possível se confirmar o estatuto fonológico de 13 desses segmentos, /p, b, m, t, n, ɾ, s, ts, ʃ, tʃ, j, k, h/, não se confirmando como fonemas os fones [β, w, ɲ, ʔ]. [9]
Tabela dos fones segmentais da língua Saynáwa:[10]
Labial | Alveolar | Palatal | Velar | Glotal | |
Oclusiva | p b | t | k | ʔ | |
Nasal | m | n | ɲ | ||
Tepe | ɾ | ||||
Fricativa | β | s | ʃ | h | |
Africada | ts | tʃ | |||
Aproximante | w | j |
Vogais
A língua Saynáwa possui 12 fones vocálicos. É possível se confirmar o estatuto fonológico de 4 desses segmentos, /i, ə, a, u/, não se confirmando como fonemas os fones [e, o, ĩ, ẽ, ə̃, ã, ũ, õ].[11]
Tabela dos fones segmentais vocálicos orais e nasais do Saynáwa:[12]
Anterior | Central | Posterior | |
Fechada | i ĩ | u ũ | |
Semifechada | e ẽ | o õ | |
Média | ə ə̃ | ||
Aberta | a ã |
Tons
O Acento Lexical
O acento na língua Saynáwa é predizível na última sílaba, bem como apresenta monossílabos tônicos, os quais correspondem a palavras não estruturadas, sem morfologia. As palavras não estruturadas são em sua maioria dissílabas, sendo poucos os monossílabos e raros os trissílabos. Em todas elas, independentemente do número de sílabas, identificamos o acento na última sílaba.[13]
- ['tsoʔ] ~ ['tso:] - /tsu/ (“pulga”) [13]
Ortografia
[editar | editar código-fonte]O alfabeto yaminauá contém 18 letras, que são as seguintes: a, ch, e, f, i, j, k, m, n, o, p, r, s, sh, t, ts, x, y. Estas se leem mais ou menos como a pronúncia castelhana, com algumas exceções que nascem da fonologia yaminauá. O til (~) que aparece sobre as vogais também faz parte do alfabeto. [14]
Gramática
[editar | editar código-fonte]Pronomes
[editar | editar código-fonte]Pronomes Pessoais
[editar | editar código-fonte]Os pronomes não variam em gênero nem formalidade.[15] Pronomes pessoais de primeira e segunda pessoa [15]:
Reto | Obliquo | ||
ẽ | eu | ea | a mim |
mĩ | você | mia | a você |
nõ | nós | noko | para nós |
mã | vocês | mato | para vocês |
Pronomes pessoais de terceira pessoa [16]:
Reto | Obliquo | ||
aatõ | ele/ela, eles/elas | a | para ele/ para ela |
ato | para eles/ para elas |
Pronomes Demonstrativos
[editar | editar código-fonte]O pronome demonstrativo substitui um substantivo e denota algo distante do falante. O mesmo sistema de casos é usado com substantivos. "Na" (caso absolutivo) e "natõ" (caso ergativo) = "este, esta e isto" se referem a algo que está mais próximo do falante; "oa" (caso absolutivo) e oatõ (caso ergativo) = "esse, essa, isso, aquele, aquela" denotam algo que está mais distante. [17]
- ¿Afa-mẽ na? (O que é isto?) [17]
Pronomes Interrogativos
[editar | editar código-fonte]Se usa um pronome interrogativo para perguntar sobre pessoas ou coisas. Funciona como um substantivo numa oração interrogativa. [18]
a) Os pronomes interrogativos para indicar pessoas são "tsoa" (caso absolutivo) e "tsoã" (caso ergativo) = "quem". [18]
- ¿Tsoa kirita fi-a-ma-mẽ? (Quem não recebeu um livro?) [18]
b) O pronome de quantidade é "afetii" (caso absoluto) e "afetiitõ" (caso ergativo) = "quantos". [18]
- ¿Afetii fo-kan-i-mẽ? (Quantos vão?) [18]
c) O pronome para algo indefinido é "afá" (caso absolutivo) e "afanã" (caso ergativo e instrumento) = "que". [19]
- ¿Afá-nã mĩ xate-a-mẽ? (Com o que se cortou?) [19]
d) O pronome para pedir identificação de uma entre várias opções é "fato" (caso absolutivo), "fatotõ" (caso ergativo), "rato" e "ratotõ" = "qual". [19]
- ¿Fato mĩ fichi-pai-mẽ? (Qual quer?) [19]
Pronomes Possessivos
[editar | editar código-fonte]Os pronomes possessivos se formam de adjetivos possessivos mais o sufixo nominal "-nã" possessivo:[20]
efenã | meu |
minã | teu |
afenã | seu |
nokonã | nosso |
matonã | de vocês |
atonã | deles |
Verbos
[editar | editar código-fonte]O verbo no yaminaua não tem flexão de pessoa, ou seja não recebe sufixos que indicam a pessoa como ocorre em línguas como o castelhano. [15]
No exemplo abaixo temos o verbo okĩ ("vir"). A raiz do verbo é "o-"; o sufixo "-kĩ" indica o infinitivo quando o verbo principal é um verbo transitivo. Aqui vemos três formas do verbo okĩ:[15]
ofe | vem, venha | imperativo |
oi | vem | o sufixo de aspecto incompleto -i indica que a ação não está terminada |
oa | veio | o sufixo de aspecto completo -a indica que a ação está terminada |
Aspecto e Tempo
A raiz, ou seja, o tema do verbo, tem que levar pelo menos um sufixo de aspecto e tempo para funcionar como um verbo completo. Além de aspecto e tempo, os sufixos flexivos são de número, modo, modo adverbial e outras funções mais limitadas. Não há sufixo de pessoa. [21]
Os sufixos de aspecto e tempo aparecem obrigatoriamente no verbo. Na sequência de sufixos e partículas, os sufixos precedem as partículas agregadas como sufixos. Os sufixos dos tempos passados, de futuro progressivo, de aspecto potencial e de aspecto habitual aparecem antes do sufixo de número e dos demais sufixos verbais. A partícula "ma" (negativo) pode também dar se como sufixo mas sempre segue os sufixos de aspecto e tempo. [21]
a) Aspecto progressivo: Marcado pelo sufixo "-i", indica uma ação começada que continua. Serve também para indicar tempo presente e tempo futuro cuja ação começou no presente. [21]
- Na paxtã nami pi-i. (Este cachorro está comendo carne.) [21]
b) Aspecto completo: Marcado pelo sufixo "-a", indica uma ação já realizada. Geralmente se realizou a ação no mesmo dia. O aspecto completo se dá em verbos independentes e também no particípio de ação completa. [22]
- Oa tsar-a efẽ fake. (Aquele que está sentado é meu filho.) [22]
c) Tempos passados: Os sufixos de tempo passado correspondem a quatro períodos --- 1. O tempo passado de hoje, quer dizer o que se passou no mesmo dia. Sufixo: "-a"; 2. O tempo de ontem, em que se passaram dois ou três dias. Sufixo: "-ita" (completo) ou "-faiyamea" (progressivo); 3. O tempo passado distante, que vai de uma semana atrás até vários anos atrás. Sufixo:"-ti"(completo) ou "-yamea" (progressivo); 4. O tempo remoto. Sufixo: "-pao" (seguido sempre por "-ni". --- O tempo indicado pelos sufixos é relativo, depende do ponto de vista do falante. [22]
d) Tempos futuros: Se refere a algo que ainda não aconteceu ou está prestes a acontecer. O tempo futuro indefinido progressivo "-xii" expressa ação ou estado progressivo no futuro. O sufixo "-fainaka" indica tempo futuro de manhã (no dia de hoje), aspecto progressivo (o sufixo "-xa" também pode ser utilizado para indicar aspecto progressivo no futuro. Até essa data esse sufixo só foi encontrado precedido pelo sufixo "pa/pake". Normalmente um sufixo de tempo e aspecto ou uma partícula de modo o segue). A partícula "-kiki" indica que o falante tem certeza que a atividade ou estado vai acontecer no futuro (nos exemplos encontrados até hoje, só ocorre na terceira pessoa). O verbo "polo' ("fazer", no futuro) é um verbo auxiliar usado somente em orações exortatórias. O sufixo "-tiro" marca o aspecto potencial, futuro no sentido que a ação é possível. O sufixo "-panã" de aspecto impeditivo indica que a ação não se realizou ou não se realizará (quando está junto do sufixo "-ra", tem sentido de futuro condicional). [23]
e) Aspecto habitual: Sinalizado pelo sufixo "-mis", indica ação que alguém faz com frequência. Este sufixo também pode significar que a ação poderia ter se realizado antes. Os sufixos de tempo não se dão com este. [24]
- Ẽ ato fa-mis efẽ epã noko efe-ni, nono. (Eu sempre digo a eles que meu pai nos trouxe aqui.) [24]
Sentença
[editar | editar código-fonte]Ordem dos constituintes da oração[25]:
a) Com verbo transitivo: sujeito - complemento direto - complemento indireto - verbo [25]
- Ẽ na kirika efẽ ochi inã-i-ka-i. (Vou dar este livro ao meu irmão.) [25]
b) Com verbo intransitivo: complemento de tempo - complementos circunstanciais - sujeito - verbo [26]
- Yarinacocha-no-ax ẽ o-a. (Venho de Yarinacocha.) [26]
c) Oração Copulativa: complemento circunstancial - sujeito - predicado [26]
- Efẽ pexe merã fiĩ ichapa-koi. ([Tem] muitos mosquitos em minha casa.) [26]
Vocabulário
[editar | editar código-fonte]Vocabulário da língua Saynáwa:[8]
Vocabulário Saynáwa (Couto 2010)
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Referências
- ↑ https://pib.socioambiental.org/pt/Quadro_Geral_dos_Povos
- ↑ «Lista de línguas ameaçadas no Brasil». Wikipédia, a enciclopédia livre. 16 de março de 2023. Consultado em 28 de março de 2023
- ↑ a b «Quadro Geral dos Povos - Povos Indígenas no Brasil». pib.socioambiental.org. Consultado em 28 de março de 2023
- ↑ «Yaminawá – Indigenas do Brasil» (em inglês). Consultado em 28 de março de 2023
- ↑ «Yaminawá - Povos Indígenas no Brasil». pib.socioambiental.org. Consultado em 28 de março de 2023
- ↑ «Jaminauás». Wikipédia, a enciclopédia livre. 4 de dezembro de 2018. Consultado em 28 de março de 2023
- ↑ Souza, Shelton Lima de (28 de julho de 2020). «FILIAÇÃO GENÉTICA DO JAMINAWA NA FAMÍLIA LINGUÍSTICA PANO: APONTAMENTOS E CONSIDERAÇÕES». South American Journal of Basic Education, Technical and Technological (2): 646–660. ISSN 2446-4821. Consultado em 28 de março de 2023
- ↑ a b Couto, Cláudio André Cavalcanti (2010). Análise fonológica do Saynáwa (Pano): a língua dos índios da T. I. Jamináwa do Igarapé Preto. (Dissertação, Mestrado em Linguística). Recife: Universidade Federal de Pernambuco.
- ↑ COUTO. "ANÁLISE FONOLÓGICA DO SAYNÁWA (PANO) - A LÍNGUA DOS ÍNDIOS DA T. I. JAMINÁWA DO IGARAPÉ PRETO". 2009., p. 61.
- ↑ COUTO. "ANÁLISE FONOLÓGICA DO SAYNÁWA (PANO) - A LÍNGUA DOS ÍNDIOS DA T. I. JAMINÁWA DO IGARAPÉ PRETO". 2009., p. 60.
- ↑ COUTO. "ANÁLISE FONOLÓGICA DO SAYNÁWA (PANO) - A LÍNGUA DOS ÍNDIOS DA T. I. JAMINÁWA DO IGARAPÉ PRETO". 2009., p. 85.
- ↑ COUTO. "ANÁLISE FONOLÓGICA DO SAYNÁWA (PANO) - A LÍNGUA DOS ÍNDIOS DA T. I. JAMINÁWA DO IGARAPÉ PRETO". 2009., p. 84-85.
- ↑ a b COUTO. "ANÁLISE FONOLÓGICA DO SAYNÁWA (PANO) - A LÍNGUA DOS ÍNDIOS DA T. I. JAMINÁWA DO IGARAPÉ PRETO". 2009., p. 139.
- ↑ EAKEN, L. Lecciones para el aprendizaje del idioma yaminahua. Yarinacocha, Pucallpa: Instituto Lingüístico de Verano, 2008., p. 15.
- ↑ a b c d EAKEN, L. Lecciones para el aprendizaje del idioma yaminahua. Yarinacocha, Pucallpa: Instituto Lingüístico de Verano, 2008., p. 18.
- ↑ EAKEN, L. Lecciones para el aprendizaje del idioma yaminahua. Yarinacocha, Pucallpa: Instituto Lingüístico de Verano, 2008., p. 19.
- ↑ a b FAUST, N.; LOOS, E. Gramática del Idioma Yaminahua. Peru: Instituto Lingüístico de Verano, 2002., p. 64.
- ↑ a b c d e FAUST, N.; LOOS, E. Gramática del Idioma Yaminahua. Peru: Instituto Lingüístico de Verano, 2002., p. 66.
- ↑ a b c d FAUST, N.; LOOS, E. Gramática del Idioma Yaminahua. Peru: Instituto Lingüístico de Verano, 2002., p. 67.
- ↑ FAUST, N.; LOOS, E. Gramática del Idioma Yaminahua. Peru: Instituto Lingüístico de Verano, 2002., p. 69.
- ↑ a b c d FAUST, N.; LOOS, E. Gramática del Idioma Yaminahua. Peru: Instituto Lingüístico de Verano, 2002., p. 118.
- ↑ a b c FAUST, N.; LOOS, E. Gramática del Idioma Yaminahua. Peru: Instituto Lingüístico de Verano, 2002., p. 119.
- ↑ FAUST, N.; LOOS, E. Gramática del Idioma Yaminahua. Peru: Instituto Lingüístico de Verano, 2002., p. 122.
- ↑ a b FAUST, N.; LOOS, E. Gramática del Idioma Yaminahua. Peru: Instituto Lingüístico de Verano, 2002., p. 126.
- ↑ a b c FAUST, N.; LOOS, E. Gramática del Idioma Yaminahua. Peru: Instituto Lingüístico de Verano, 2002., p. 57.
- ↑ a b c d FAUST, N.; LOOS, E. Gramática del Idioma Yaminahua. Peru: Instituto Lingüístico de Verano, 2002., p. 59.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- FAUST, N.; LOOS, E. Gramática del Idioma Yaminahua. Peru: Instituto Lingüístico de Verano, 2002.
- EAKEN, L. Lecciones para el aprendizaje del idioma yaminahua. Yarinacocha, Pucallpa: Instituto Lingüístico de Verano, 2008.
- CABRAL, A. S. A. C.; OLIVEIRA, S. C. S. Dados de pesquisa de campo. 2009. mimeo.
- COUTO. "ANÁLISE FONOLÓGICA DO SAYNÁWA (PANO) - A LÍNGUA DOS ÍNDIOS DA T. I. JAMINÁWA DO IGARAPÉ PRETO". 2009.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Wayampi language dictionary online from IDS (select simple or advanced browsing)
- Sharanahua Language Collection of Pierre Déléage (includes myths, shamanistic songs, and ceremonial songs) at the Archive of the Indigenous Languages of Latin America (AILLA).
- Yaminawa em Ethnologue
- Yaminawa em Native-languages
- Yaminawa Language Documentation Project
- Yaminawa em Language-archives
- gua Yaminawa em Omniglot.com