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Usuário:Arcstur/OBL/Língua yaminaua

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Yaminauá

Yaminawa

Falado(a) em: Peru, Bolívia, Brasil (Acre)
Região: América do Sul
Total de falantes: Aprox. 2684 [1]
Família: Panos
 Yaminauá
Escrita: Alfabeto Latino
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: ---
ISO 639-3: yaa — Yaminawa

Yaminauá é uma língua em situação vulnerável [2] da família Panos falada pelos indígenas Yaminauás (também conhecidos como Yawanawás, Marinawás, Xixinawás e Jaminauás). Estes habitam a região da América do Sul, principalmente em áreas próximas as fronteiras entre a Bolívia, o Peru e o Brasil (AC) e compõem aproximadamente 2684 falantes.[3]

Yaminauá foi um nome dado por outros povos aos indígenas que utilizavam a língua chamada por essa mesma palavra. O termo, que significa "gente do machado", lhes foi atribuído por utilizarem machados de ferro e pedra. Ademais, são também chamados de Xixinawá ("povo do quati branco"), Yawanawá ("povo do queixada"), Bashonawá ("povo da mucura"), Marinawá ("povo da cutia"), entre outros. [4] Os próprios Yaminauás se identificam por esse termo dado por estrangeiros, tornando "Yaminauá" tanto o seu endônimo (nome nativo), quanto seu exônimo (nome estrangeiro). [5]

Distribuição

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Possui aproximadamente 2684 falantes, sendo 600 deles do Peru, 630 da Bolívia e 1454 do Brasil (AC). [3] Residem comumente em regiões próximas a tríplice fronteira entre a Bolívia, Peru e o Brasil; em lugares como o departamento de Pando (na Bolívia), o departamento de Ucayali e a região de Loreto (ambos no Peru) e as Terras Indígenas do Alto Rio Purus, da Cabeceira do Rio Acre, Jaminawa do Igarapé Preto, Jaminawa Arara do Rio Bagé e Mamoadate (todos no estado brasileiro do Acre). [6]

É a língua da família Pano com o maior complexo dialético. Alguns exemplos citáveis destes dialetos são: Yaminauá brasileiro, Yaminauá peruano, Chitonawa, Matanawa, Parkenawa, Shanenawa, Sharawana, Marinawa, Shawanawa (Arara), Yawanawa, Yaminawa-arara e Nehanawa. [7]

Consoantes

A língua Saynawá (uma variedade linguítica do Yaminawa, falada pelos índios Saynáwa, que residem na T.I. Jamináwa do Igarapé Preto, no município de Rodrigues Alves-AC [8]) possui 17 fones consonantais. É possível se confirmar o estatuto fonológico de 13 desses segmentos, /p, b, m, t, n, ɾ, s, ts, ʃ, tʃ, j, k, h/, não se confirmando como fonemas os fones [β, w, ɲ, ʔ]. [9]

Tabela dos fones segmentais da língua Saynáwa:[10]

Labial Alveolar Palatal Velar Glotal
Oclusiva p b t k ʔ
Nasal m n ɲ
Tepe ɾ
Fricativa β s ʃ h
Africada ts
Aproximante w j

Vogais

A língua Saynáwa possui 12 fones vocálicos. É possível se confirmar o estatuto fonológico de 4 desses segmentos, /i, ə, a, u/, não se confirmando como fonemas os fones [e, o, ĩ, ẽ, ə̃, ã, ũ, õ].[11]

Tabela dos fones segmentais vocálicos orais e nasais do Saynáwa:[12]

Anterior Central Posterior
Fechada i ĩ u ũ
Semifechada e o õ
Média ə ə̃
Aberta a ã

Tons

O Acento Lexical

O acento na língua Saynáwa é predizível na última sílaba, bem como apresenta monossílabos tônicos, os quais correspondem a palavras não estruturadas, sem morfologia. As palavras não estruturadas são em sua maioria dissílabas, sendo poucos os monossílabos e raros os trissílabos. Em todas elas, independentemente do número de sílabas, identificamos o acento na última sílaba.[13]

  • ['tsoʔ] ~ ['tso:] - /tsu/ (“pulga”) [13]

O alfabeto yaminauá contém 18 letras, que são as seguintes: a, ch, e, f, i, j, k, m, n, o, p, r, s, sh, t, ts, x, y. Estas se leem mais ou menos como a pronúncia castelhana, com algumas exceções que nascem da fonologia yaminauá. O til (~) que aparece sobre as vogais também faz parte do alfabeto. [14]

Pronomes Pessoais

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Os pronomes não variam em gênero nem formalidade.[15] Pronomes pessoais de primeira e segunda pessoa [15]:

Reto Obliquo
eu ea a mim
você mia a você
nós noko para nós
vocês mato para vocês

Pronomes pessoais de terceira pessoa [16]:

Reto Obliquo
aatõ ele/ela, eles/elas a para ele/ para ela
ato para eles/ para elas

Pronomes Demonstrativos

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O pronome demonstrativo substitui um substantivo e denota algo distante do falante. O mesmo sistema de casos é usado com substantivos. "Na" (caso absolutivo) e "natõ" (caso ergativo) = "este, esta e isto" se referem a algo que está mais próximo do falante; "oa" (caso absolutivo) e oatõ (caso ergativo) = "esse, essa, isso, aquele, aquela" denotam algo que está mais distante. [17]

  • ¿Afa-mẽ na? (O que é isto?) [17]

Pronomes Interrogativos

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Se usa um pronome interrogativo para perguntar sobre pessoas ou coisas. Funciona como um substantivo numa oração interrogativa. [18]

a) Os pronomes interrogativos para indicar pessoas são "tsoa" (caso absolutivo) e "tsoã" (caso ergativo) = "quem". [18]

  • ¿Tsoa kirita fi-a-ma-mẽ? (Quem não recebeu um livro?) [18]

b) O pronome de quantidade é "afetii" (caso absoluto) e "afetiitõ" (caso ergativo) = "quantos". [18]

  • ¿Afetii fo-kan-i-mẽ? (Quantos vão?) [18]

c) O pronome para algo indefinido é "afá" (caso absolutivo) e "afanã" (caso ergativo e instrumento) = "que". [19]

  • ¿Afá-nã mĩ xate-a-mẽ? (Com o que se cortou?) [19]

d) O pronome para pedir identificação de uma entre várias opções é "fato" (caso absolutivo), "fatotõ" (caso ergativo), "rato" e "ratotõ" = "qual". [19]

  • ¿Fato mĩ fichi-pai-mẽ? (Qual quer?) [19]

Pronomes Possessivos

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Os pronomes possessivos se formam de adjetivos possessivos mais o sufixo nominal "-nã" possessivo:[20]

efenã meu
minã teu
afenã seu
nokonã nosso
matonã de vocês
atonã deles

O verbo no yaminaua não tem flexão de pessoa, ou seja não recebe sufixos que indicam a pessoa como ocorre em línguas como o castelhano. [15]

No exemplo abaixo temos o verbo okĩ ("vir"). A raiz do verbo é "o-"; o sufixo "-kĩ" indica o infinitivo quando o verbo principal é um verbo transitivo. Aqui vemos três formas do verbo okĩ:[15]

ofe vem, venha imperativo
oi vem o sufixo de aspecto incompleto -i indica que a ação não está terminada
oa veio o sufixo de aspecto completo -a indica que a ação está terminada

Aspecto e Tempo

A raiz, ou seja, o tema do verbo, tem que levar pelo menos um sufixo de aspecto e tempo para funcionar como um verbo completo. Além de aspecto e tempo, os sufixos flexivos são de número, modo, modo adverbial e outras funções mais limitadas. Não há sufixo de pessoa. [21]

Os sufixos de aspecto e tempo aparecem obrigatoriamente no verbo. Na sequência de sufixos e partículas, os sufixos precedem as partículas agregadas como sufixos. Os sufixos dos tempos passados, de futuro progressivo, de aspecto potencial e de aspecto habitual aparecem antes do sufixo de número e dos demais sufixos verbais. A partícula "ma" (negativo) pode também dar se como sufixo mas sempre segue os sufixos de aspecto e tempo. [21]

a) Aspecto progressivo: Marcado pelo sufixo "-i", indica uma ação começada que continua. Serve também para indicar tempo presente e tempo futuro cuja ação começou no presente. [21]

  • Na paxtã nami pi-i. (Este cachorro está comendo carne.) [21]

b) Aspecto completo: Marcado pelo sufixo "-a", indica uma ação já realizada. Geralmente se realizou a ação no mesmo dia. O aspecto completo se dá em verbos independentes e também no particípio de ação completa. [22]

  • Oa tsar-a efẽ fake. (Aquele que está sentado é meu filho.) [22]

c) Tempos passados: Os sufixos de tempo passado correspondem a quatro períodos --- 1. O tempo passado de hoje, quer dizer o que se passou no mesmo dia. Sufixo: "-a"; 2. O tempo de ontem, em que se passaram dois ou três dias. Sufixo: "-ita" (completo) ou "-faiyamea" (progressivo); 3. O tempo passado distante, que vai de uma semana atrás até vários anos atrás. Sufixo:"-ti"(completo) ou "-yamea" (progressivo); 4. O tempo remoto. Sufixo: "-pao" (seguido sempre por "-ni". --- O tempo indicado pelos sufixos é relativo, depende do ponto de vista do falante. [22]

d) Tempos futuros: Se refere a algo que ainda não aconteceu ou está prestes a acontecer. O tempo futuro indefinido progressivo "-xii" expressa ação ou estado progressivo no futuro. O sufixo "-fainaka" indica tempo futuro de manhã (no dia de hoje), aspecto progressivo (o sufixo "-xa" também pode ser utilizado para indicar aspecto progressivo no futuro. Até essa data esse sufixo só foi encontrado precedido pelo sufixo "pa/pake". Normalmente um sufixo de tempo e aspecto ou uma partícula de modo o segue). A partícula "-kiki" indica que o falante tem certeza que a atividade ou estado vai acontecer no futuro (nos exemplos encontrados até hoje, só ocorre na terceira pessoa). O verbo "polo' ("fazer", no futuro) é um verbo auxiliar usado somente em orações exortatórias. O sufixo "-tiro" marca o aspecto potencial, futuro no sentido que a ação é possível. O sufixo "-panã" de aspecto impeditivo indica que a ação não se realizou ou não se realizará (quando está junto do sufixo "-ra", tem sentido de futuro condicional). [23]

e) Aspecto habitual: Sinalizado pelo sufixo "-mis", indica ação que alguém faz com frequência. Este sufixo também pode significar que a ação poderia ter se realizado antes. Os sufixos de tempo não se dão com este. [24]

  • Ẽ ato fa-mis efẽ epã noko efe-ni, nono. (Eu sempre digo a eles que meu pai nos trouxe aqui.) [24]

Ordem dos constituintes da oração[25]:

a) Com verbo transitivo: sujeito - complemento direto - complemento indireto - verbo [25]

  • Ẽ na kirika efẽ ochi inã-i-ka-i. (Vou dar este livro ao meu irmão.) [25]

b) Com verbo intransitivo: complemento de tempo - complementos circunstanciais - sujeito - verbo [26]

  • Yarinacocha-no-ax ẽ o-a. (Venho de Yarinacocha.) [26]

c) Oração Copulativa: complemento circunstancial - sujeito - predicado [26]

  • Efẽ pexe merã fiĩ ichapa-koi. ([Tem] muitos mosquitos em minha casa.) [26]

Vocabulário da língua Saynáwa:[8]

Vocabulário Saynáwa (Couto 2010)
Português Saynáwa
maracanã aia
beijar antsuakin
beber aiamis
paca anu
esposa ain
mutum asin
cipó timbó ainas
respirar askinki
mulher ainbu
boca aspa
cumaru aku
estômago atu
manacá akuan
mandioca atsa
capivara aman
cansar-se atsana
amarelinho ami
farinha de mandioca atsa putu
língua ana
anta aua
cunhado (a) ania
eu (pronome pessoal) ə
pai əpa
assustar əəki
irmão mais novo əstun
meu/minha (pronome possessivo) ən
mãe əua
taxi əni
crescer əuai
neto baba
testa bətunku
nora babauan
carapanã bi
passear bai
carrapicho biana
surubim bain
fruta bimi
roçado baj
caucho bin
gavião bajtətə
panturrilha bipustu
água, rio baka
estrela biʃi
fazer sexo bakəaj
perna bitas
criança bakista
pele bitʃi
rosto bamana
jaburu bitʃu
queixada bamu
tamanduá pequeno biuan
pupunha bani
cabelo bu
tucum banin mauən
gente -bu (sufixo)
sol baɾi
curimatã buə
verão baɾi pəi
pica-pau buin
capim basi
cera buj
cotovelo bastunku
irara buka
cego baʃun
embaúba bukun
piau-de-flecha batun
abelha uruçu buna
ovo batʃi
fome buni
caparari bəiuan
cana-de-macaco bunkas
marido bənə
palmeira buɾa
levantar-se bəni
cabeça buska
olho bəɾu
pente busti
um bəstis
cachorrão bustʃuma
frente bəsua
jatobá buʃis
freijó bəʃu
ele (pronome pessoal) habia
lontra hənə inu
socó haka
palha həpə
‘tipo de socó’ hakauan
piaçabeira həpəuan
esquecer hakinma
sapo (‘o que canta’) həu
sim han
extrato (perfume) hinin
aracuã hana
flor hua
por quê? haskajman
coração huinti
quando? hatina
hujpiɾi
seu/sua (pronome possessivo) haun
umbu humus
terreiro həmainti
homem, cipó (bebida) huni
rio (‘rio grande’) hənə
caititu hunu
árvore i
zangado isinipa
piolho ia
japó isku
biorana iaə
jacareúba iskinɾanpan
tatu iais
urubu-rei ismin
‘canto de ninar’ iama iama
irmã mais nova istan
madrugada iamanapun
sapucaia istibin
amanhã iaməɾi
espantar istʃuan
a tarde iantəin
macaco preto isu
matrinxã iapauan
urina isun
‘nome próprio’ iasan
mandim mole iʃis
porco iaua
cansanção, urtiga iʃismun
sovino iauʃi
sobrinha itusta
‘nome próprio’ iban
muito itʃapa
casca de árvore ibi
grande iuapa
mandim preto ibun
dizer iuiuə
cantar iiki
goiabeira iuka
castanhola ikənibin
peixe iuma
sangue imi
linha de costura iumə
rabo ina
maúba iunuan
lago inan
tarumã iunuən
onça inu
panema iupa
bode (peixe) ipu
gente iuɾa
pássaro isa
feijão, fava iusu
‘nome próprio’ isabati
fêmea iuʃan
manga (rede de pesca) isin
pimenta iutʃi
reto kaia
buraco kini
cachorro kamə
coxa kiʃi
cascavel kamus
‘nome próprio’ kiʃipakati
abacaxi kankan
maçaranduba kiu
sapo verde (utilizado ku “pus” para a “vacina do sapo”) kanpu
rim kanʃiku
quente kui
prato kantʃa
fumaça kuin
jacaré kapə
anu kuinka
batata doce kaɾi
queixo kuj
morcego kaʃi
paneiro (para levar mandioca) kuki
alto kəiatapa
nambu azul kumauan
morder kəiukin
miratauá kunma
saliva kəmu
seringa kuɾan
arco kənu
cedro kuʃa
lábio kəʃa
gafanhoto kuʃakin
costurar kəʃəkin
correr kuʃi
barba kəʃini
boto kuʃuka
gato peludo (tipo de kuti “jacigato do mato) kətsin
tartaruga da mata kimi
flecha kutʃa
não ma
monte matʃi
caiçuma mabəs
morrer maua
terra mai
arapuá amarela məbakun
magro majna
punho məbi
cocar majti
mão məkan
rato grande maka
banana məni
piranha makə
Xixuá məpa
açafroa mani hininti
traíra məsku
sororoca manipaj
homem velho məstəbu
liso maniu
anoitecer məʃui
‘nome próprio’ manku
mingau mətə
unha mantis
várzea mətʃa
gostar, amar manui
barreiro məuə
cinzas mapu
pulseira məuti
nuca maputəɾipi
tu (pronome pessoal) mi
mucunã maɾinata
teu/tua (pronome possessivo) min
areia maʃi
piau misinuti
alma-de-porco matas
pedra miski
varrer matukin
anzol miskiti
frio matsi
amargoso (planta) muka
vassoura matsuti
espinho muʃa
este/esta (pronome demonstrativo) na
suar niskain
céu nai
paxiuba nisti
pajé nai baj
cipó envira niʃi
bicho preguiça nain
apuí niʃi hinis
nuvem nai uʃupa
mororó niʃu
cupim nakas
arruda niʃuʃu
carne nami
caminho niti
jenipapo nanə
araçá niuə
mosca varejeira nanpə
poço nua
tartaruga de igapó nasa
sal nuə
porto naʃiti
minhoca nuin
baço natsa
nós (pronome pessoal) nuku
branco (gente) naua
nosso/nossa (pronome possessivo) nukun
cama naua uʃati
sede numi
tabaco nauə
nadar nunaj
canela naumi
mulateiro nuni
jacamim nəa
rolinha nuntu
floresta ni
pato nunun
escorpião nibu
tipóia (utilizada no passado para levar as crianças nas costas) nuʃati
choaca ninuan
alguidar (“copo pequeno”) nutanti
macaco bule-bule niɾu
orelha pabinki
pequeno pista ɾista
‘nome próprio’ pakamuʃa
costela piʃi
rede de dormir pani
esteira piʃin
tatu-rabo-de-couro panku
periquitinho (tipo de periquito) pitu tʃuniun
grota pantu
periquito (verde, pequeno) pitsu
carapanaúba pantʃun
cozinhar pitʃankin
lança paspi
guariúba piu
bem-te-vi paspinka
inhame pua
maduro patʃia
fumar puakin
fraco patʃiɾista
fezes puj
bom, reza
mastruço pujpisi
asa pəj
intestino puku
casa pəʃə
barriga toda (o abdômen e o tórax) puku tʃipus
teto, coberta da casa pəʃə ʃəuati
braço punian
as costas pətʃi
músculo do braço superior punpustu
atrás pətʃiuɾi
‘tipo de coruja’ pupu
comer pi
coruja pupuan
beija-flor pinu
lama pupus
pipira piɾus
timbó puɾa
araçari pisa
barriga pustu
curto pista
putu
pouco ɾabasta
atar, ligar ɾətikin
brincadeira ɾabəbəiati
taquari, flauta (flauta feita de taquari) ɾəuə
genro ɾais
corda ɾispi
deite ɾakauən
guariba ɾu
joelho ɾantunku
machado ɾuə
gripe ɾaʃu
cobra ɾunu
erva, remédio, veneno ɾau
sucuri, jibóia (“cobra d'água”) ɾunuan
juriti ɾəi
teimoso ɾusku
nariz ɾəkin
cacau ɾuʃubi
grito saj
algodão sapu
‘povo do grito’ sajbajbu (Saybaybô)
salgar (antigo etnônimo) saunki
gritar sajki
pavão səɾə
‘povo do grito’ sajnaua (Saynáwa)
tiririca (etnônimo mais recente) sikumis
‘dança tradicional’ sakuj
reima sinai
piabinha sanin
raiva sinaj
sururina santuɾi
máscara sinpa
dia ʃaba
cipó ʃəu
amanhecer ʃabai
peixe espia-mulher ʃəun
escama ʃaka
ardência da pimenta ʃia
maracá ʃakajti
sarapó ʃima
manixi ʃana
camapum ʃimun
pulmão ʃankainti
pensar ʃinain
‘nome próprio’ ʃankainti
grilo ʃini
caranguejo ʃantʃu
macaco ʃinu
bom ʃaɾa
soim ʃipi
marupá ʃaʃai
mosca pium ʃiu
urubu ʃata
verde ʃu
osso ʃau
‘Rio Valparaíso’ ʃua
arara ʃauan
coçar, curuba (escabiose ou sarna) ʃuaj
jabuti ʃauə
curar ʃuanki
jacundá ʃaun
caxinguba ʃubin
engolir ʃəakin
arapuca ʃubu
cancão ʃəinka
soprar ʃuənki
bacuri ʃəkəs
rato pequeno ʃuia
milho ʃəki
mamar ʃumaki
preguiçoso ʃəni
pote ʃumu
gordo ʃənia
marrom ʃunan
‘nome próprio’ ʃənkuani
samaúma ʃunu
dente ʃəta
peito ʃutʃi
taə
paxiubão tau
dedão do pé taə buska
cana, ucuubinha taua
raio taiki
‘nome próprio’ təpəjtima
galinha takaɾa
capeba təʃən
saracura taku
pescoço təʃu
dedo do pé taməs
colar təuti
bochecha tamu
(sufixo instrumentalizador) -ti
tucano tanpas
cair tinki
aprender tapin
cachimbo tipu
errar tapinama
carvão tistə
saber tapinan
pássaro sim sinhô tua
ponte tapu
atirar tuakin
raiz tapun
remo tuanti
roupa taɾi
‘nome próprio’ tumə
blusa taɾi ʃutʃi
mandim duro tunu
garganta taʃipi
bacurau tuspə
colher, garfo tsanu
pulga tsu
sentar-se tsaui
chupar tsuakin
soluço tsəkui
segurar tsumakin
emissão de flatulência tsipisi
longe tʃaj
arder tʃəʃəin
perto tʃajma
fogo tʃi
comprido tʃajpa
espremer tʃinikin
ruim tʃakabu-
periquito Jandaia tʃinkəiu
japiim tʃana
anca tʃipaspi
mentiroso tʃanimis
irmã mais velha tʃipin
podre tʃapu
‘dança tradicional’ tʃiɾin
ariramba tʃaɾas
cesta tʃitʃan
sapo de enxurrada tʃaʃus
avó tʃitʃi
Deus, avô, cacique tʃata
assa-peixe tʃiun
facão tʃatʃiti
cuia tʃuma
periquito (‘tipo de tʃupa “mutuca” periquito do bico preto’) tʃəɾə
chuva ui
dormir uʃai
vivo uin
‘lugar onde se dorme’ uʃati
inverno uisi
‘canto de ninar’ uʃauə uʃauə
graúna uka
lua uʃə
idiota unama
vermelho uʃinipa
saúva unan
branco uʃu
garra untis
macaco Kairara uʃu ʃinu
‘nome próprio’ uɾi
soim branco uʃu ʃipi
rir usain
coelho utsa

Referências

  1. https://pib.socioambiental.org/pt/Quadro_Geral_dos_Povos
  2. «Lista de línguas ameaçadas no Brasil». Wikipédia, a enciclopédia livre. 16 de março de 2023. Consultado em 28 de março de 2023 
  3. a b «Quadro Geral dos Povos - Povos Indígenas no Brasil». pib.socioambiental.org. Consultado em 28 de março de 2023 
  4. «Yaminawá – Indigenas do Brasil» (em inglês). Consultado em 28 de março de 2023 
  5. «Yaminawá - Povos Indígenas no Brasil». pib.socioambiental.org. Consultado em 28 de março de 2023 
  6. «Jaminauás». Wikipédia, a enciclopédia livre. 4 de dezembro de 2018. Consultado em 28 de março de 2023 
  7. Souza, Shelton Lima de (28 de julho de 2020). «FILIAÇÃO GENÉTICA DO JAMINAWA NA FAMÍLIA LINGUÍSTICA PANO: APONTAMENTOS E CONSIDERAÇÕES». South American Journal of Basic Education, Technical and Technological (2): 646–660. ISSN 2446-4821. Consultado em 28 de março de 2023 
  8. a b Couto, Cláudio André Cavalcanti (2010). Análise fonológica do Saynáwa (Pano): a língua dos índios da T. I. Jamináwa do Igarapé Preto. (Dissertação, Mestrado em Linguística). Recife: Universidade Federal de Pernambuco .
  9. COUTO. "ANÁLISE FONOLÓGICA DO SAYNÁWA (PANO) - A LÍNGUA DOS ÍNDIOS DA T. I. JAMINÁWA DO IGARAPÉ PRETO". 2009., p. 61.
  10. COUTO. "ANÁLISE FONOLÓGICA DO SAYNÁWA (PANO) - A LÍNGUA DOS ÍNDIOS DA T. I. JAMINÁWA DO IGARAPÉ PRETO". 2009., p. 60.
  11. COUTO. "ANÁLISE FONOLÓGICA DO SAYNÁWA (PANO) - A LÍNGUA DOS ÍNDIOS DA T. I. JAMINÁWA DO IGARAPÉ PRETO". 2009., p. 85.
  12. COUTO. "ANÁLISE FONOLÓGICA DO SAYNÁWA (PANO) - A LÍNGUA DOS ÍNDIOS DA T. I. JAMINÁWA DO IGARAPÉ PRETO". 2009., p. 84-85.
  13. a b COUTO. "ANÁLISE FONOLÓGICA DO SAYNÁWA (PANO) - A LÍNGUA DOS ÍNDIOS DA T. I. JAMINÁWA DO IGARAPÉ PRETO". 2009., p. 139.
  14. EAKEN, L. Lecciones para el aprendizaje del idioma yaminahua. Yarinacocha, Pucallpa: Instituto Lingüístico de Verano, 2008., p. 15.
  15. a b c d EAKEN, L. Lecciones para el aprendizaje del idioma yaminahua. Yarinacocha, Pucallpa: Instituto Lingüístico de Verano, 2008., p. 18.
  16. EAKEN, L. Lecciones para el aprendizaje del idioma yaminahua. Yarinacocha, Pucallpa: Instituto Lingüístico de Verano, 2008., p. 19.
  17. a b FAUST, N.; LOOS, E. Gramática del Idioma Yaminahua. Peru: Instituto Lingüístico de Verano, 2002., p. 64.
  18. a b c d e FAUST, N.; LOOS, E. Gramática del Idioma Yaminahua. Peru: Instituto Lingüístico de Verano, 2002., p. 66.
  19. a b c d FAUST, N.; LOOS, E. Gramática del Idioma Yaminahua. Peru: Instituto Lingüístico de Verano, 2002., p. 67.
  20. FAUST, N.; LOOS, E. Gramática del Idioma Yaminahua. Peru: Instituto Lingüístico de Verano, 2002., p. 69.
  21. a b c d FAUST, N.; LOOS, E. Gramática del Idioma Yaminahua. Peru: Instituto Lingüístico de Verano, 2002., p. 118.
  22. a b c FAUST, N.; LOOS, E. Gramática del Idioma Yaminahua. Peru: Instituto Lingüístico de Verano, 2002., p. 119.
  23. FAUST, N.; LOOS, E. Gramática del Idioma Yaminahua. Peru: Instituto Lingüístico de Verano, 2002., p. 122.
  24. a b FAUST, N.; LOOS, E. Gramática del Idioma Yaminahua. Peru: Instituto Lingüístico de Verano, 2002., p. 126.
  25. a b c FAUST, N.; LOOS, E. Gramática del Idioma Yaminahua. Peru: Instituto Lingüístico de Verano, 2002., p. 57.
  26. a b c d FAUST, N.; LOOS, E. Gramática del Idioma Yaminahua. Peru: Instituto Lingüístico de Verano, 2002., p. 59.
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  • EAKEN, L. Lecciones para el aprendizaje del idioma yaminahua. Yarinacocha, Pucallpa: Instituto Lingüístico de Verano, 2008.
  • CABRAL, A. S. A. C.; OLIVEIRA, S. C. S. Dados de pesquisa de campo. 2009. mimeo.
  • COUTO. "ANÁLISE FONOLÓGICA DO SAYNÁWA (PANO) - A LÍNGUA DOS ÍNDIOS DA T. I. JAMINÁWA DO IGARAPÉ PRETO". 2009.

Ligações externas

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