Eleições estaduais na Paraíba em 1960

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1958 Brasil 1962
Eleições estaduais na  Paraíba em 1960
3 de outubro de 1960
(Turno único)
Candidato Pedro Gondim Janduhy Carneiro
Partido PDC PSD
Natural de Alagoa Nova, PB Pombal, PB
Vice André Gadelha Não havia
Votos 148.961 124.041
Porcentagem 54,56% 45,44%
Resultado por município:
  Sem Informação (33)

Eleito
Pedro Gondim
PDC

As eleições estaduais na Paraíba em 1960 aconteceram em 3 de outubro como parte das eleições gerais em onze estados cujos governadores exerciam um mandato de cinco anos.[nota 1][nota 2][1]

O processo sucessório paraibano teve início em 1958 quando Flávio Coutinho pediu licença para tratamento de saúde e nisso Pedro Gondim assumiu o Palácio da Redenção como governador em exercício, status que preservou até a sua renúncia ao cargo de vice-governador no começo de 1960[2] quando José Fernandes de Lima assumiu o Executivo na condição de presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba. Graças a tais circunstâncias o advogado Pedro Gondim disputou e venceu as eleições para o governo estadual. Formado na Universidade Federal de Pernambuco em 1938, o novo governador nasceu em Alagoa Nova e foi eleito deputado estadual em 1947, 1950 e 1954, afastando-se para assumir a Secretaria de Agricultura no governo José Américo de Almeida.[3][4][nota 3]

Ao longo de sua vida pública o governador Pedro Gondim militara apenas no PSD até que uma cisão partidária o levou a ser expulso da legenda[5] quando o deputado Janduhy Carneiro foi escolhido candidato do partido ao governo estadual. Consumado o revés, Pedro Gondim ingressou no PDC e firmou uma aliança com partidos de oposição na qual sagrou-se vencedor do pleito de 1960[6] e tornou-se o primeiro governador paraibano sem histórico de filiação à UDN desde o fim do Estado Novo, embora o vice-governador eleito, André de Paiva Gadelha, integre as fileiras udenistas.[nota 4]

Resultado da eleição para governador[editar | editar código-fonte]

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral houve 273.002 votos nominais, 8.165 votos em branco (2,86%) e 4.479 votos nulos (1,57%), resultando no comparecimento de 285.646 eleitores.[1]

Candidatos a governador do estado
Candidatos a vice-governador Número Coligação Votação Percentual
Pedro Gondim
PDC
Ver abaixo
-
-
PDC, UDN, PTB, PL, PSB
148.961
54,56%
Janduhy Carneiro
PSD
Não havia
-
-
PSD (sem coligação)
124.041
45,44%
  Eleito(a)

Resultado da eleição para vice-governador[editar | editar código-fonte]

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral houve 253.283 votos nominais, 20.805 votos em branco (23,74%) e 9.271 votos nulos (1,13%), resultando no comparecimento de 283.359 eleitores.[1]

Candidatos a vice-governador
Candidatos a governador do estado Número Coligação Votação Percentual
André de Paiva Gadelha
UDN
Ver acima
-
-
PDC, UDN, PTB, PL, PSB
100.586
39,71%
Jacob Frantz
PSD
Não havia
-
-
PSD (sem coligação)
98.258
38,79%
Hermano Alfredo Neto de Sá
PTB
Ver acima
-
-
PDC, UDN, PTB, PL, PSB
23.922
9,45%
Antônio D'Ávila Lins
PL
Ver abaixo
-
-
PL (sem coligação)
17.834
7,04%
José Fernandes Vieira
PSP
Não havia
-
-
PSP (sem coligação)
12.683
5,01%

Notas

  1. Alagoas, Goiás, Guanabara, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte e Santa Catarina.
  2. Os governadores eleitos em 1947 terminariam seus mandatos no mesmo dia que o presidente Eurico Gaspar Dutra e a partir de então alguns estados fixaram em cinco anos o mandato de seus governadores na ausência de uma vedação constitucional, e assim os estados acima faziam eleições a cada lustro. Goiás aderiu à regra do quinquênio em 1960, bem como a Guanabara, criada no referido ano.
  3. A interinidade de Pedro Gondim durou de 04 de janeiro de 1958 à 18 de março de 1960 quando renunciou. Ato contínuo, o deputado José Fernandes de Lima, presidente da Assembleia Legislativa, tornou-se governador em exercício sendo efetivado meses depois graças à renúncia de Flávio Coutinho.
  4. Osvaldo Trigueiro e Flávio Coutinho foram eleitos pela UDN, legenda na qual militou José Américo de Almeida antes de eleger-se governador via PL em 1950.

Referências

  1. a b c «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 13 de julho de 2017 
  2. Gondin (sic) deixou o governo da Paraíba com medo de que o titular viesse a morrer (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 20/03/1960. Primeiro caderno, p. 05. Página visitada em 14 de julho de 2017.
  3. «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Pedro Gondim». Consultado em 14 de julho de 2017 
  4. Governador da Paraíba renunciou (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 02/08/1960. Primeiro caderno, p. 04. Página visitada em 14 de julho de 2017.
  5. Gondim foi expulso do PSD: Paraíba (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 03/05/1960. Primeiro caderno, p. 04. Página visitada em 14 de julho de 2017.
  6. O PTB paraibano apoia Gondim (online). Folha de S.Paulo, São Paulo (SP), 06/06/1960. Primeiro caderno, p. 04. Página visitada em 14 de julho de 2017.