Língua arara do Rio Branco

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Arara do Rio Branco

Arára do Aripuanã

Falado(a) em: Mato Grosso e Rondônia
Total de falantes: ?
Família: Língua isolada
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: ---

O arara do Rio Branco (também chamado de arara do Aripuanã, arara do Beiradão ou Yugapkatã[1]) é uma língua indígena brasileira falada pelos índios araras do Aripuanã. É uma língua ainda não classificada.[2][3]

Vocabulário[editar | editar código-fonte]

Jolkesky (2010)[editar | editar código-fonte]

Vocabulário Português-Arara do Rio Branco (Jolkesky 2010):[2]

Português Arara do Rio Branco
1.SG (livre) nu
abelha arapuá abɛka
água i ([i-tik] água-pequeno = igarapezinho)
algodão biripta
aranha caranguejeira piʃõ{ba}
banana ukuɐ̃
batata doce batʃĩɲ
beiju mɨɲ
boca be{ʃab}
cabeça ba
cabelo bab
canoa {mũnũ}ʃjob
casa miʔab
céu arumbe
chicha de patauá aropetak (arop-e-tak)?
chorar {hɔ}wa
coruja fofob
coruja {b}arakɐ̃
costela kũbɛ
dedo piʔa
dente ĩɲ
doer {kum}ãdzi
esposa {i}kunã
esteira supɛ
fígado pitã
foɡo areka
folha {ɡu}rep
grande paj
homem baja
joelho {k}erebewi
língua bekiʔat
macaco (guariba) piko
madeira {ᴣa}kupi
madeira ib{ɛ}
mandioca jupa
mel wɨr{ib}
milho {j}apit
montanha betaw
morcego {mi}ʃep
nambu mĩɲɐ̃
onça beko
orelha biko
osso {l}ikaɪ
pama abi
papagaio korod
pato {t}upija
piʔat
pedra ija
pium bib
preto kup{e}
rato motop
relâmpago bereʋi
rio ade
roçado {iː}ɡa
sangue ajed
sol ɡod
surubi {ju}pira
tatu {k}atu
veado tʃip

Hargreaves (2007)[editar | editar código-fonte]

Listas de palavras coletadas por Inês Hargreaves em 2001, de dois grupos ao norte do Parque Aripuanã, RO (os Arara do Rio Branco e os Arara do Rio Guariba):[4]

Informantes/falantes
  • Os informantes "Arara do Rio Branco": João Luis V. Arara, José Rodrigues V. Arara, Maria Aruy Arara e Ana Anita Arara (lista de palavras colhida 11/06/2001)
  • O informante "Arara do Rio Guariba": D. Nazaré Medina Arara (lista de palavras colhida 12/06/2001). Dona Nazaré era uma cativa zoró-mondé desde pequena, é não era uma pessoa arara (yugapkatã).[1]
Número Português Arara do Rio Branco Arara do Rio Guariba
1 casa ndzap / ndjap / ndya
2 água adɛ itxera / ĩtʃera
3 fogo areka
4 peixe (pacu) mbɛrewa mborip kabɛ
5 macaco prego pisa'
6 anta munbjɛ / mundjɛ waøa / wasa
7 mutum kõĩn wakuia / wakuya
8 arara korut awala / awalap
9 cujubim mbi wa ʃap tuap / twap
10 barrigudo pixa’ mbasai kot
11 coatá kenẽn alimɛ’
12 coxiú mbiri wa
13 jacamim tomow' tamalia / tamaliap
14 nambu wiña pep
15 capivara øai bit
16 panela mãĩ
17 chicha munõu
18 milho wyã
19 mandioca yo’pa
20 batata doce watĩn
21 castanha mowỹ / mowi’
22 caititu pirãu mbɛbɛcot / mbebecot
23 queixada bol / ebot / mbotʔ mbɛbɛ
24 jacaré awy’
25 pedra wya’ / wỹã’
26 criança homem mbaya oi
27 criança mulher kãn kuña
28 cairara (macaco branco) saywa’
29 traíra mombut
30 piranha werwwĩn
31 piau aʃañ
32 paneiro kakãu
33 flecha mba'
34 arco mbiris’ot / mbirisot / mbirixi
35 espingarda mbiri’ka / mbirikat ĩ’x
36 paca aye
37 tatu ndoĩ / doi
38 tatu canastra
39 canoa (barco) manuso’ / manuso'
40 carrapato ũm m se
41 onça mbeku mbeku
42 gato (maracajá) gorea / ngurea mbeku
43 banana ku kuã mbukuba / mukuba
44 mamão ngura
45 babaçu (palha) were wip
46 babaçu (coco) pia’
47 açaí (palha) ngurep tĩ
48 patoá are’pa
49 aranha mpiʃuba / mbiʃupa / ʃubap saipɛ
50 dente noĩn
51 olho no ka pĩn ña kap / oña kap
52 orelha no beʃiap / no beʃiã
53 nariz no yãn
54 boca be ʃap
55 cabeça kopap
56 cabelo mbap
57 dedo no pai
58 unha
59 no pia pipɛ
60 pana abi
61 breu motoʔ / mboto
62 guariba piku ʔalimɛ
63 parauacu ngora
64 tamanduá asokot / asukot
65 meleto api bi’
66 rato mbotup / motup
67 coati nũm / nõm
68 jaboti ʃibero / sibero
69 colar mbokui’ / mokui
70 cutia kifo / ki’fo wakĩn
71 veado sip / ʃip / sip’ itiap / tiap
72 nambu wyñãn / wiñãn
73 coati ñũm
74 coatipuru pikũĩn
75 jararaca miñopa / munopa / muno’pa
76 tucandeira tu'pi’ / tu'pi
77 saúva (grande) mukrap / mbukrap / mbukrap
78 borboleta musep / mbusep
79 papai bem'a
80 mamãe mbi'ã / mi'ã
81 filho mbaya kuiã
82 filha kãn
83 arraia oribdag / woribdak / uripdaj / mberiidak
84 peixe elétrico mina / ’mina
85 surubim ori pai / ori pai’ / oripai / oripai’
86 machado sere ia
87 jacu tanoap
88 faca (facão) sere pãĩ
89 faca (faquinha) serei tĩa
90 rede mpa / yopa / popa’
91 coifo ndira / ndera / ndira’
92 buriti arupɛ / aru pɛ
93 coró de castanheira mandiʃ / mandĩʃ
94 coró de mamoeiro arubi / arubi’
95 coró de babaçu katik / kati
96 amendoim mõ / ũmm
97 fumo (cigarro) ywa
98 fogo (isqueiro) ariwi / arewi’ / ariw'
99 piolho nduka
100 coceira nusang / nusaj
101 bom nukiy / nukey
102 ruim (zangado) kobiridaʃ / kubiridaj
103 beber água kubai wit / ubai wit / mbai wit itʃera [água]
104 correr no parai wit / no prai wit
105 embora numba
106 cagar numdo
107 mijar noĩn
108 cinta larga ywogap katĩn / ywogap katẽn ’kurumĩn
109 panela de barro p/assar beijú tokurẽn

Souza (2008)[editar | editar código-fonte]

Algumas palavras da língua Arara do Rio Branco (Souza 2008):[5]

Número Português Arara
1. abacaxi azedo arurã
2. abelhinha pitik
3. açaí berrabot
4. água ade (b)
5. água adete (g)
6. algodão britap
7. alma iuppit
8. andar ligeiro
9. anta muinhe
10. anta wucsá
11. aranha branca pichombá
12. aranha caranguejera culwa
13. aranha que morde picho

Dal Poz (1995)[editar | editar código-fonte]

Este vocabulário, citado por Dal Poz (1995)[6], foi colhido pela equipe do CIMI (Valdez 1984: 13-16).[7] Os informantes foram:

  • Rodrigo Vela (então com 42 anos)
  • João (de Ariquemes, 44 anos)
  • Guilhermina (80 anos)
Português Arara do Aripuanã
abacaxi azedo arurã
abelha jandaíra arã
abelhinha pitik
água adete
algodão britap
andar ligeiro kerip
anta muinhe
aranha (que morde) picho
aranha branca pichombá
arapuá abeka
arara kurot
arco brichak
arraia uribidak
avó (nome ?) tanha
avò (nome ?) mariná
banana kuenã
banana (tipo) ukuã
barba futá awa
batata doce mbatin
bicho atonha
boca mbeisau
bolo de beiju tukure
braço pika
brinco (de madeira) kunhanzi
cabeça mkubap
cabelo mbiap
caitetu pirã
cará tubuia
caranguejo pichubá
castanha mowi
castanheira mowip
céu arumbei
chicha de patauá arupetak
chorar howá
chuva doi
cintura kupike
cipó (para cesto) minhombá
cobra mundopá
coco paai
colar mukait
comer praiə
comida boa lakat
costelas dukumbé
cuia tiop
cutia pɨpo
dedo da mão piat
dedos do pé upe
dentes nain
doendo (vb. doer) kumadzei
dor iai
dormir nuset
envira popé
espingarda breká
esteira de palha sipe
estômago orep
estrela setka
fechar uripte
fígado nupiton
flecha baik
fogo rekat
folha de bananeira gurep
fome nupraiə
frio ŋumputê
frio (pouco) umpotik
galho murukutepai
galinha krae
gato do mato duréa
gato preto hikope
gordura ukap
grande pai
homem negro ikupe
igarapezinho itik
inteiro toizã
ir (embora) nba
jabuti chibero
jacamim tomowi
jacaré awik
jacu tumô
joelho kerebewi
lenha ibeká
língua bekiat
lua sitkapai
macaco barrigudo pitchá
macaco branco picháiwak
macaco coatá kané
macaco guariba mbiripá
macaco prego pitchái
machado seriá
mãe (nome ?) bria
maloca miap
mamão do mato gura
mandioca biupá
mão pãi
matar ibã
mel ara
mel (tipo) urit
menina pequena kãn
menino baiáh
menino pequeno meenã
metade toi
milho (caroços) japit
milho (pé) wijap
morro beta
mucura koin
mulher wino
mulher casada kunã
mulher negra pichiri
mutuca kupan
nambu azul minhampep
nambu galinha anchiriŋã
nambuzinho cherengã
nariz ŋunhã
novo (objeto) atoã
nuca upipo
olho kapit
onça bêku
onça pintada bêku kupê
orelha mbechade
osso ɨkaə
ourá (pássaro) tokurá
ouvido mbiku
paneiro kakan
panela de barro mãi
papagaio seribá
pássaro lubaga
patauá arupe
pato do mato pitita
pato do rio tupeiá
pedra yia
peixe bɨripiu
peixe (pintado) bɨripai
pena prufab
peneira dirad
pênis nuka
periquito kiri
perna uke
pés mpiap
piau asãt
pilão ako
piranha bɨnpi
pium grande bip
pium pequeno piká
poraquê makmará
pote mukán
pretina (cinta?) mumã
quati sip
quatipuru pikonhé
queixada bot
quente nunto
rato mútop
rede apap
revólver brekatik
roçado
sabiá dai
saco brukuche
sangue jet
serra du
sol (quente) got
soprar (o fogo) bôbô
tabaco (folha) biaba
tamanduá chikut
tatu doi
terçado grande siripai
terçado pequeno siritik
teto de palha bia
tronco jakupé
trovão barãmbé
tucumã areba
unha (mão) mpai
vagina inambe
veado chip
zangado bridak

Hugo (1959)[editar | editar código-fonte]

Algumas palavras da língua dos índios de "Três Tombos" (no Rio Branco, afluente do Alto Rio Aripuanã), coletadas por Hugo (1959):[8]

Português Língua "Três Tombos"
arco brẹxœ́
anta mundiê
alma iuppit
água adẹ
bonito ịkei
braço pikë̃
cabeça numbá
cabelo mmbaḅw
cachoeira tœ̈́rœ̈́rœ̈́
caranguejo culwa
cão wetwœ́
casa (= maloca) miaḅ
cinturão pretina (?)
dentes noĩ
dedos mpai
espingarda brẹká
flecha mmbai
flechar titoé
fotografia numịnhã
galinha craéi
homem pipœ́
jabotí siberœ́
mulher wirạ; huaĩ (?)
menino mẹcnã; baiáh
menina
macaco preto quẹné
macaco barrigudo psá
matar sêguẹ
milho viá
nariz núnha
nome (da tribo) cam(u)aĩ
olhos capidẹ
orelha mbẹchade
pernas mœ́kë̃
peixe uriḅẅ
queixada boḍ
terçado sirê
vá embora ñgá

d'Angelis (2010)[editar | editar código-fonte]

Vocabulário Português-Arara do Rio Branco (d'Angelis 2010):[9]

Vocabulário Arara do Rio Branco (d'Angelis 2010)
Português Arara (raiz)
1a p. sg. [nu]
3a p. sg. [tũ] (?)
boca [ᵐbeˈʃaᵇᵐ̚]
braço [piˈka]
cabeça [ba]
cabelo [ᵐˈbabᵐ̚]; [nũᵐˈbabᵐ̚]; [nũmˈbab͡m̚]
cintura [kuˈpikɨ]
costelas [kũmˈbɛ]
dedo da mão [mpiˈa]; [nũmpiˈa]
dente [nuˈĩɲ]
fígado [piˈtɐ̃]; [nupiˈtɐ̃]
joelho [ke ̩ɾebeˈwi]
língua [bekiˈat̚]
nariz [nuˈɲɐ̃]
olhos [kaˈpi]; [nukaˈpi]; [nukaˈpi], [kaˈpi]
orelha [nũᵐbeˈʃaᵈⁿ̚], [ᵐbeˈʃad̚]
osso [liˈkaɪ] ~ [liˈkaə]
ouvido [biˈko]
pés [piˈat̚] ~ [p̣ia]; [nupiˈat̚] ~ [nũmp̣ia]
saco, escroto [bᵘɾukuˈʃe]
sangue [aˈjed̚]
grande (?) [ˈpaj]
pequeno (?) [tik]
metade [ˈtoi]
azul [peb]
negro [kuˈpe]
bonito [iˈkḛḭ] ~ [iˈkei]
frio [nopoˈtik̚] ~ [nupuˈtik̚]
quente [ˈgodn̚]
masculino, homem [baˈja]
esposa [ikuˈnɐ̃]
menina [ˈkɐ̃]
mulher estrangeira [piʃiˈɾi]
mãe [bɾiˈa]
nora [kaˈnɔ̃]
planta ou plantação [ta] ~ [tak]
zangado [bɾiˈⁿdag̚]
andar ligeiro [keˈɾip]
chorar [hɔˈwa]
comer [ˈmprajə]
copular [ipanˈmẽn]
doendo (doer) [kumɐ̃ˈdzḭ]
flechar [titoˈɛ]
matar [iˈbɐ̃]
olhar [kaˈpit̚]
água [aˈdeʔ] ~ [aded̚]
céu [aɾũmˈbḛḭ]
chuva [doḭˈka] ~ [ⁿdoḭʔˈka]
cachoeira [toɾɔɾuˈɛ]
ente sobrenatural [juˈpit̚] ou [jupipit]
estrela [seʔˈka] ~ [set̚ˈka]
folha de banana [guˈɾep̚]
lenha [iˈbɛ] ~ [iˈbɛka]
lua [setkaˈpaj] ~ [setkapai]
morro [ᵐbeˈta̰w̰] ~ [beˈtaṵ]
pau em pé [murutuˈpi]; [muruutupi]; [murutupi]
pedra [iˈja]
rio [aˈdeʔ] ~ [aded̚]
serra [ˈdug̚]
sol [ˈgodn̚], [set̚kaˈŋgod̚]
tronco [ʒakuˈpi]
trovão [bᵋɾɛˈʋi]
arco [ᵐbɾiˈʃog̚] ~ [bɾiˈʃo̰ʔ]
arma (?) [ᵐbɾi]
beijú [ˈmɨ̇̃ɲ]
bolo de beijú [tuˈkuɾe]
braçadeira (adorno) [pɾeˈtĩɲ] ~ [pɾeˈtĩnɐ]
caissuma (caiçuma) [mũndoˈto] (~[mũnụto])
caldo (comida tradicional) [ᵐbaɾajˈta]
canoa [mũnũˈʃjɔb̚]
casa, maloca [miˈab̚]
chicha de patauá [aɾupɛˈtak]
cipó para cesto [jũmˈba]
cocar [mũˈmã̰ᵐ̚]; [mũˈmãm̚]
colar [nuˈkṵɪ̰]
cuia [tʃiˈɔp̚]
embira [puˈpɛ]
espingarda [bɾiˈka]
esteira de palha [suˈpɛ]
farinha [nuiˈu]
flecha [ˈbaˀḭ] ~ [ˈba ̩ḭ]
fogo de lenha [aɾeˈka]
fotografia [numiˈnũ]
machado [sɨɾɨˈja]
mão de pilão [akoˈɾiᵇᵐ]
mel [ʋɨˈɾib̚]
molho de pimenta [aɾuˈbɛ]
paneiro [kˈkɐ̰̃ː]
ponta de flecha [buɾuˈpi]
pote [muˈkag̚]
remédio caseiro [ĩɐ̃ntˈpa̰]
roçado [iːˈga]
terçado [sɨˈɾɨj]
abelha canudo [uˈɾipm̚] ~ [uˈɾip]
abelha arapuá [aˈbɛka]
abelha jandaíra [aˈɾɐ̃]
açaí [behaˈbot̚]
anta [mũˈd͡ʒḛʔɪ̰] ~ [mũd͡ʒḛj] [mũnˈdje]
aranha [piˈʃo]
aranha branca [piʃõᵐˈba]
aranha caranguejeira [kiˈʃẽɪ̰̃] [piʃõᵐˈba]; [piʃõᵐˈba]
arara [koˈɾot̚] ~ [koˈɾod̚]
arraia [wiɾibˈdak̚] ~ [wɾibdag̚]
borboleta [miˈʃebᵐ̚]
caititu [piˈɾɐ̃]
cantãozinho (pássaro) [biduˈga]
caranguejo [piʃuˈba]; [ʃuˈbab]; [piʃuˈba]
coruja ou cocó [ᵐbɾaˈkɐ̃ŋ] ~ [baɾaˈkɐ̃]
corujinha [foˈfoᵇᵐ̚]
cujubi (cujubim) [ᵐbiˈwa]
cutia [kiˈfo̰ʔ]
gato maracajá [guɾɛˈa]
irapuá (abelha) [aˈbɛka]
jararaca [mũnduˈpa]
macaco barrigudo [piˈʃa]
macaco coatá [keˈnɛ̃]
macaco cuxiú [ᵐbɾiˈwa] ([mbiɾiˈwa])
macaco guariba [piˈko]; [pikuˈɲẽ]
macaco prego [piˈʃaḭ]
mãe da lua (urutau) [maɾowaˈku]
maracanã [siɾiˈba]
morcego [miˈʃep̚]
mucura [ʃuˈĩɲ]
mutuca [kuˈpɐ̃]
mutum [ˈkõ̰ı̯̃]; [kũj̇̃ɲ]
nambu azul [mĩɲɐ̃ˈpeb̚]
nambu galinha [mĩˈɲɐ̃]; [siɾə̃ˈŋɐ̃]; [mĩˈɲɐ̃]
nambuzinha [ʃiɾĩˈŋɐ̃]
onça [ˈbeko]; [be̞ˈku]
onça preta [be ̩kokuˈpe]
paca [aˈje] ~ [aˈjeʔ]
pacu [mbeɾeˈwa]
pato do mato [tuˈpijɐ]
peixe pequeno (esp.) [̩bɾiptuˈpi]
pintado [mbiɾiˈpaj]
piranha [mbɾiˈwi] ~ [wɾiˈwi]
pium grande [ˈᵐbib̚] ~ [ˈbip̚]
quati [ɲũm] ~ [ɲũj]
quatipuru [pikuˈɲɛ]
queixada [ˈbod̚]
rato [mʊˈtop̚] ~ [moˈtop̚]
sabiá [ˈdɨg̚]
socó [luˈbaga]
surubim [jupiˈɾa]
tamanduá bandeira [ʃoˈkoᵈⁿ̚]
tamanduá mirim [apiˈbiᵇᵐ̚]
tatu [ˈdoj] ~ [ˈdoɪ̰]
tatu pequeno [kaˈtu]
tracajá [biˈwa]
algodão [bɾipˈta] ~ [biɾipˈta]
banana (esp.) [ukuˈɐ̃] ~ [ʔukuˈɐ̃]
banana de fritar [kukuˈɐ̃]
batata doce [baˈtĩɲ]; [baˈtʃĩɲ]
batata grande (esp.) [ĩˈɲũ]
batata de purga ou cará grande [ĩˈpẽɲ]
cará [tubuˈjɐ̃]
castanha [moˈwip̚]
inajá [n͡dajˈka]
mamão do mato [guˈɾa̰]
mandioca [iuˈpa̰]
melancia [ⁿdoiˈta]
milho [jaˈpit̚]; [jaˈpid̚]
mururé [aˈtĩɲ]
pama [aˈbi]
patauá [aɾuˈpɛ]
pupunha [kuˈkuˀɐ̰̃]
tucumã [aˈɾeba]
unhãzinho [kuɲɐ̃nˈdig̚]
ura (berne) [tukuˈɾa]
veado [ˈtʃip̚]; [sip̚]
minha nora [nũkaˈnɔ̃]
minha costela [nukũmˈbɛ]
meu braço [nopiˈka]
meu ouvido [nubiˈko]
nariz (venta) [nuˈɲɐ̃]
estou com fome [nuˈpɾajə] ~ [nũˈpɾajə]
fotografia [numiˈnũ]
boca dela [tũᵐbeˈʃaᵐ̚]
terçado grande [sɨɾɨˈpaj]
lua [setkaˈpaj]
galho [muɾutuˈpai]
terçado pequeno [sɨɾɨˈtik̚]
porquinho [bebɛˈtik̚]
cartucho brikati > [brikatik]
abelhinha da terra [piˈtik]
igarapezinho [iˈtik̚]
unhãozinho [kuɲɐnˈdig̚]
onça preta [be ̩kokuˈpe]
homem negro [ikuˈpe]
sol, quente [ˈgodn̚], [set̚kaˈŋgod̚]
homem feito [mek ̩nɐ̃baˈja]
homenzinho [ba ̩japiˈpɨᵇᵐ̚]
menino [baˈja]
menino homem [piˈpɐᵇᵐ̚] ~ [piˈpɐᵐ̚]
(minha) nora [ñukaˈnõ]
espírito do mato [jupiptˈkɐ̃]
folha de açaí [ᵑgᵘɾep̚ˈtig̚]
folha de ˈoutroˈ [ᵑguˈɾep̚tʃĩɲ]
galho [muɾutuˈpai]
lenha [iˈbɛ] ~ [iˈbɛka]
abelha-canudo [uˈɾipm̚] ~ [uˈɾip]
pintado [mbiɾiˈpaj]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Ramirez, Henri. 2010. Etnônimos e topônimos no Madeira (séculos XVI-XX): um sem-número de equívocos. Revista Brasileira de Linguística Antropológica v. 2 n. 2, p. 179-224. (PDF)
  2. a b Jolkesky, Marcelo. 2010. Arara do Rio Branco e o tronco Tupí.
  3. «Arara do Rio Branco» (PDF). www2.unucseh.ueg.br (em inglês e português). Consultado em 8 de julho de 2018. Cópia arquivada (PDF) em 3 Mar 2016 
  4. Hargreaves, Inês. 2007. Lista de palavras transcritas por Inês Hargreaves, de dois grupos ao norte do Parque Aripuanã, RO. Manuscrito.
  5. Souza, Larissa da Silva Lisboa. 2008. O processo de revitalização de uma língua: Mecanismos para documentação e clasificação da língua dos Arara do Rio Branco. Língua, Literatura e Ensino 3: 555-561.
  6. Dal Poz, João. 1995. A etnia e a terra: Notas para uma etnologia dos índios Arara (Aripuanã - MT). Cuiabá: Universidade Federal de Mato Grosso.
  7. Valdez, Manuel. 1984. Levantamento dos índios Arara no município de Aripuanã - MT. Equipe de Pastoral Indigenista da Diocese de Ji-Paraná, datilo.
  8. Hugo, Vitor. 1959. Lista de vocábulos da jíria dos índios civilizados de "Três Tombos" (Rio Branco, afluente do Alto Rio Aripuanã, MT). In: Desbravadores. Humaitá: Missão Salesiana, 1959. v. 2. (PDF)
  9. d'Angelis, Wilmar da Rocha. 2010. Arara do Rio Branco (MT): notas lingüísticas e antropológicas. (PDF)

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • d'Angelis, Wilmar da Rocha. 2010. Arara do Rio Branco (MT): notas lingüísticas e antropológicas. (PDF)
  • Valdez, Manuel. 1985. Renovação de pedido de área para os índios Araras das bacias dos rios Aripuanã e Guariba. CIMI - Regional Rondônia, datilo.
  • Valdez, Manuel. 1986. Novos contactos com índios Arara e seringueiros do Aripuanã. CIMI - Regional Rondônia, datilo.